10 de jun. de 2012

A menina e seu Cachorro


Uma pequena garota estava sozinha em casa com seu cachorro para a proteger. Quando a noite chegou, ela trancou todas as portas e tentou trancar todas as janelas mas uma se recusava a fechar.
Ela decidiu deixar a janela destrancada e então foi para cama. Seu cachorro tomou seu lugar de costume embaixo da cama.
No meio da noite ela acorda por causa de um som de gotas vindo do banheiro. A menina está com medo de ir ver o que é então ela estendeu sua mão para baixo da cama. Ela sentiu a lambida de seu cachorro e então voltou a dormir. Ela acorda novamente por causa do som das gotas, estende sua mão para baixo da cama, sente a lambida de seu cachorro e volta a dormir. Mais uma vez ela acorda, estende a mão e sente a lambida.
Agora curiosa sobre o som das gotas, ela se levanta e lentamente anda até o banheiro, o som dos pingos foi ficando mais alto de acordo que ela ia se aproximando. Ela chega no banheiro e liga a luz. Ela é recebida por uma horrivel cena: Pendurado no chuveiro esta seu cachorro com a garganta cortada e o sangue caindo na banheira.
Alguma coisa no espelho do banheiro chamou sua atenção e ela virou. Escrito no espelho com o sangue de seu cachorro estavam as palavras:

"HUMANOS TAMBÉM SABEM LAMBER".

Os Donos do Mundo - Parte 3


                Lucas está avisando todos para irem para os dormitórios e se trancarem, no caminho ele acha Rafael que está com cara de quem vai desmaiar.

                - O que ouve Rafael?
                - Meu irmão acabou de me ligar...
                - E o que ele disse?
                - Um daqueles caras estranhos entrou em casa fez alguma coisa que ele não soube me explicar com a nossa mãe e levou ela!
                - Como?! Ele ligou para a polícia?
                - Ligou, e o cara conseguiu destruir três carros da polícia em menos de dez minutos!
                - Dro... Rafael temos que correr!
                - Porque?

                Rafael se vira e vê no mínimo uns 10 daqueles seres surgindo do nada no meio do campus. As pessoas se desesperam e começam a correr sem rumo.

                - Droga eram pra estar todos indo pro dormitório como eu havia dito!
                - Não importa, vamos!

                Lucas segue Rafael pelo campus em direção aos dormitórios. No meio do caminho um daqueles seres surge no caminho deles.

                - Droga!

                Rafael joga sua mochila no ser que da alguns passos pra trás, não muito abalado. Ele fixa aqueles estranhos olhos em Rafael que fica paralisado.

                - Rafael, corre!

Rafael continua parado olhando para o ser.

                - Droga!

Lucas joga sua própria mochila no ser, que cai no chão. Rafael momentaneamente volta ao normal, Lucas puxa ele pelo braço e os dois saem correndo.

                - Droga Rafael por que você ficou parado?
                - Quando ele me olhou... Parecia que eu tinha ficado sem forças... Simplesmente não havia como eu correr.

Lucas olhou para trás e viu que o ser os estava seguindo.

                - Mais rápido Rafael ele ta nos seguindo!

                O ser continuou correndo atrás deles. Ele corria de um jeito estranho. Parecia que seu corpo não era feito para esse tipo de movimentação.

                - Se continuarmos assim vamos levar ele direto para os dormitórios!
                - Do jeito que está já deve haver muitos desses La!
                - Droga!

                Eles estão diante de uma grande cratera em frente aos dormitórios. No centro há o que parece ser um meteorito ou algo parecido.
                O ser chega por trás deles e empurra Lucas que rola pela cratera e para perto do meteoro.

                - Você está louco cara?

                Rafael dá um soco na cara do ser, e sente o mesmo choque que Lucas sentiu quando esbarrou em um deles.

                - Droga...

                Rafael desce até onde Lucas está caido.

                - Lucas você está bem?

                Rafael vê um filete de sangue escorrendo pela testa de lucas.

                - Droga, ele deve ter batido a cabeça!

                Rafael olha pra cima e vê o ser descendo pela cratera, ele pega uma pedra que está perto do meteorito e joga, atingindo o peito dele. Ele cai pra trás visivelmente abalado. Rafael pega outra pedra e joga novamente dessa vez acertando o rosto dele. Enquanto o ser tenta se levantar Rafael começa levar Lucas para fora da cratera.

9 de jun. de 2012

Obra Prima


Já estou deitado a horas. São 5:10 da manha agora e não há nada que eu possa fazer.
Estou no mesmo quarto que meus pais. Eles ficam olhando pra mim e não há nada que eu possa fazer se não olhar de volta e me segurar pra não chorar ou gritar. Há um cheiro forte de  sangue no ar e estou paralisado de medo.
A coisa está aqui. O momento em que eu apresentar qualquer sinal de que não estou mais dormindo estou condenado. Vou morrer e não há ninguem por perto para me salvar. Tentei pensar em uma forma de fugir mas a única ideia que eu tive foi alcançar a porta de entrada e sair correndo pedindo por ajuda, esperando que algum vizinho possa me ouvir. É arriscado, mas com certeza se eu ficar aqui vou morrer.
Ele está esperando eu acordar e ver sua obra-prima.
Você deve estar se perguntando o que está acontecendo.
Eu mesmo me pergunto isso às vezes.

Há tres horas atras...

Eu ouvi um grito do outro lado da casa.
Levantei e fui checar para ver o que foi aquele som, quando olhei pra fora pela porta do meu quarto vi sangue no carpete.
Fiquei muito assustado e corri de volta para minha cama, e me escondi embaixo dos cobertores.
Tentei me forçar a dormir, e acreditar que tudo não passava de um sonho realístico ou algo assim.
Mas escutei a porta do meu quarto se abrindo. Como a criança assustada que eu era, espiei por debaixo dos cobertores para ver o que era. Pude ver alguma coisa arrastando meus pais mortos para dentro do quarto. Não era humano, isso eu posso dizer.
A coisa colocou meus pais na beira da cama, e os fez me encararem. Depois começou a esfregar suas mãos contra as paredes , manchando-as com sangue. Depois desenhou um círculo como o pentagrama do diabo dentro. O Resultado poderia ser chamado de obra-prima.
Para terminar escreveu uma mensagem na parede que eu não conseguia ler por causa do escuro.
A coisa então se posicionou sob minha cama pronta para atacar.
A parte mais assustadora é que meus olhos já se acostumaram com a escuridão desde então e agora posso ler a mensagem na parede. Não quero olhar pra ela, porque é assustador pensar nisso.
Mas eu sinto que preciso ver isso antes de morrer.
Espiei a obra-prima da criatura.

Eu sei que você está acordado.

8 de jun. de 2012

Quarto 332


Uma vez, um homem, cansado, chegou a um hotel e foi falar com a recepcionista: "Por favor, eu queria alugar um quarto para uns três dias" "Com certeza, senhor. O seu quarto é o 333, no 3° andar. As suas bagagens serão levadas imediatamente. Mas só um aviso: não chegue perto do quarto 332".
O homem, curioso, perguntou "Porque não? O que há naquele quarto?" "Bom…" , respondeu a recepcionista, "Há um tempo atrás, uma mulher se suicidou e o gerente não quer que ninguém chegue perto de lá. Pronto, aqui está sua chave e boa noite."
O homem pensou "Que besteira, é só lenda de hotel mesmo." e foi até o seu quarto. Quando passou pelo quarto 332, ficou morrendo de curiosidade, mas resolveu que iria só dormir. Na noite seguinte, ao voltar ao hotel, foi até a porta do 332 e espiou pelo buraco da fechadura. Ele viu uma mulher muito branca, com os cabelos pretos e a face virada para a janela. Ele ficou realmente muito curioso, mas resolveu voltar ao seu quarto. No próximo dia, ao ir embora do hotel, resolveu dar uma última espiada na mulher misteriosa do quarto ao lado.
Ele olhou pela fechadura e viu tudo vermelho. Pensou "Ah, ela deve ter percebido que eu estava olhando e botou um pano na frente". Ele desceu até o saguão e se encontrou com o gerente, então perguntou "O que realmente aconteceu naquele quarto 332?"
O gerente, perturbado, respondeu "Faz tempo que aconteceu, mas eu ainda lembro bem… Um casal estava hospedado naquele quarto, e por alguma razão, o marido assassinou a sua esposa. Desde aquele dia, a mulher continua lá." "Sei…" debochou o homem " Mas como ela era?" e o gerente respondeu "Tinha cabelos pretos, cor de breu, era branca como um lençol e seus olhos eram completamente vermelhos."

Bonecos Malditos


Em uma cidade rural, uma companhia de brinquedos começa a vender bonecas de bebês “realísticos” para mães que estão grávidas. Mas aparentemente, depois que a mãe ganha seu filho, o boneco começaria a chorar. Eventualmente, o embalar que era explicado na caixa não funcionaria para “acalmar” o boneco, e você não conseguiria fazê-lo parar sem chacoalhá-lo.
Quando começasse a chorar de novo, a mãe teria que bater nele para que parasse de chorar, e as batidas teriam que ser cada vez mais fortes para que o fizesse ficar quieto. A única coisa que parecia fazer o bebê ficar permanentemente quieto seria bater com a cabeça dele contra a parede até destruir o mecanismo que o fazia chorar.
Em mais de uma ocasião, vizinhos chamaram as autoridades para denunciar abuso contra menor, e quando a policia chegava, eles encontravam sangue e restos infantis pelas paredes e chão. Na maioria dos casos, as mães não conseguiam entender porque a policia estava lá, elas apenas “tinham se livrado do maldito boneco” enquanto balançavam nos braços um bebe de brinquedo.

A Maldição da Vida Eterna

Sentado sobre a fria lápide daquele túmulo, no cemitério, durante a fria noite de outono, o Demônio, diante de mim, contou-me a seguinte história. “Logo após existir o Céu e o Inferno, presenciei a vida do homem sob a Terra, desde os tempos mais remotos e imemoriais, ele — o homem —, buscou de várias maneiras, com feitiços e poções milagrosas, a dádiva da Vida Eterna, que até hoje, nunca fora alcançada por qualquer mortal. Dádiva que somente Deus e Eu — o próprio Demônio — podemos conceder-lhe tal poder “. Certa meia-noite, um homem veio a mim, pediu-me com toda cordialidade que lhe desse o poder da Vida Eterna. Em troca de tal, ele me daria sua alma. Certos segundos permaneci calado, espantado. Nenhum ser mortal, em toda minha longínqua vida, me fez tal proposta. Quando a aceitei. O pacto estava feito, sua alma em troca do imortal poder. Quando o homem me falou: - Como o Demônio é idiota! Vou lhe enfrentar, e jamais morrerei. Serei o verdadeiro Demônio, serei mais perverso e mal que você! Após tantas injúrias, nada fiz. Pois minha vingança seria, lenta, eterna, e mais perversa do que ele poderia imaginar” “Certo dia, quando este mesmo homem passava pelas ruas da cidade moderna, fiz com que um caminhão o atropelasse violentamente. O homem, estendido no asfalto quente, com as costelas esmagadas, os braços quebrados, encharcado pelo sangue que lhe jorrava pelas veias dilatadas e pelos brutais ferimentos, ainda se mexia. Realmente ele tinha o poder da Vida Eterna. Ao se levantar grotescamente do chão, já cercado por inúmeros, espantados e curiosos mortais, o homem começou a caminhar sem rumo, sendo rejeitado por todos que cruzavam-lhe o caminho. Sangue brotava de feridas abertas que lhe predominavam a pele, apresentando a todos um aspecto extremamente horrendo, sem poder sequer falar, apenas gemer em agonizante dor. Até parecia ser coisa do Demônio, sussurravam baixo os mortais curiosos, rejeitado por todos, coberto pelo próprio sangue, o homem sofria, eternamente em profunda dor, mas sem morrer jamais.

7 de jun. de 2012

A Velha Bruxa


                Em uma pequena cidade, de um pequeno estado, dizem que vivia uma bruxa que fazia rituais macabros em sua casa, a casa número 0.
                A casa a muito estava abandonada e quem entrava la dizia que ouvia passos e risadas pela casa.
                Depois de muito tempo foi alugada por um casal. Eles tinham um filho chamado Artur.
                O corretor que lhes vendeu a casa advertiu diversas vezes de que a casa era realmente muito estranha, mas eles compraram igual.

                - Estranho um corretor tentar não vender uma casa!
                - No mínimo tinha alguma mais cara para tentar nos empurrar!

                A casa demorou a ser reformada, uma vez que muitos dos trabalhadores fugiram da reforma por medo.
                Quando ficou pronta eles se mudaram pra la. Artur que gostava de histórias de terror pediu para que seu quarto fosse no porão onde diziam ser onde a bruxa fazia seus rituais. Os pais, aceitaram, sempre gostaram de dar liberdade ao filho.
                Na primeira semana nada aconteceu, e eles achavam que as pessoas eram apenas supersticiosas demais.
                Na segunda semana Artur afirma ter ouvido uma risada em um dos cantos do porão, mas os pais acharam que era brincadeira.
                Artur continuou afirmando que ouvia risadas e ruidos pelo quarto, até que seus pais mudaram seu quarto para um comodo no segundo andar.
                Certa noite o pai de Artur estava indo na cozinha tomar um copo d’agua quando ouviu ruidos no porão e risadas infantis.

                - Artur? Já disse que não quero mais você ai!

                As risadas continuaram, então o pai de artur resolveu descer para tirar o filho de la.

                - Artur, você vai ficar de castigo!

                Ele desceu la e não viu nada, temeroso, saiu do porão e trancou a porta.
                No outro dia relatou o que havia acontecido à noite. Sua mulher achou graça, e desafiou-o:

                - Essa noite dormirei la, seus medrosos!
                - Vamos ver quem vai ser medroso depois de hoje!

                À noite a mulher levou um colchão para o porão e algumas cobertas.
                Durante a noite ela ouviu as risadas e os ruídos e achou que era o pai de Artur querendo provoca-la.

                - Muito engraçado agora pode parar.

                Ela liga a luz e se depara com uma mulher. Vestida em roupas muito antigas, e rasgadas, a velha bruxa emite um riso chiado antes de atacá-la com um punhal negro.
                Antes de ela conseguir gritar a velha bruxa tapa a boca dela.
                Tarde da noite o pai de Artur decide ir chamar a mulher para o quarto, o porão devia estar muito frio.
                Entrando no porão ele vê o corpo da mulher no centro de um pentagrama, enquanto vermes escuros devoram a sua barriga.

                - Você sabia que ela esperava outro filho?

                O pai de Artur ouviu uma voz chiada sussurrar.

                - Sim ela esperava um segundo filho seu. Então Artur me invocou. Ele temia a rejeição! E eu vivo nas paredes dessa casa, esperando alguém que precise de minha ajuda! Sim eu não sou uma bruxa má, sou apenas uma velha senhora que ajuda as pessoas!
                - Você matou minha mulher, e acusa Artur?

                O pai te Artur investe contra a velha bruxa que desaparece no ar. Ela reaparece atrás dele.

                - Eu não matei sua mulher. Ela continua viva! Eu só matei a criança que estava sendo gerada no útero dela! Vocês poderão continuar como uma família!
                - Não pode... Isso não pode estar acontecendo!
                - Pode! Artur se sentiu ameaçado diante de um novo membro na família! O coração de uma criança é imaturo demais para dividir o amor dos pais.
                - Artur nunca foi assim, você está mentindo! Você matou minha mulher por que é louca!
                - Louca? Eu passei pelo mesmo que Artur passou! Então enfiei um punhal na barriga de minha mãe para não ser substituída por um irmão! Então a cidade me escorraçou, a mim, uma criança! Depois de morrer de fome, por não ter como arranjar comida por culpa de minha idade, voltei para a casa onde vivi minha infância!
                - Então você aparece para quem passa pelo mesmo que você?
                - Sim e livro a criança da dor de ser substituída!
                - Nós nunca substituiríamos Artur pelo novo bebê.
                - Substituiriam mesmo que inconscientemente acabariam o abandonando aos poucos!

                Artur está parado diante da mãe dele que o olha assustada. Ele emite um riso chiado antes de atacá-la com um punhal negro.

Viagem


Eu acordei do coma hoje. Eu meu pai e minha mãe estávamos viajando quando o carro capotou em uma curva. Fiquei em coma por mais de um mês.
O estranho é que eu lembro de ter alguem no carro dizendo para meu pai tomar cuidado naquela curva.
Hoje quando eu perguntei quem era, os médicos disseram que só foram encontradas três pessoas no carro....

Os Donos do Mundo - Parte 2


                Lucas e Rafael estão escondidos atrás de uma caçamba de lixo, do lado de um dos pavilhões da universidade, Rafael está vendo se aquele ser os tinha seguido.

                - Acho que ele não nos seguiu!
                - Melhor. Temos que tentar chegar na sala do reitor!
                - Pra que? Ele não deve estar la a essa hora!
                - Claro que está, eu vi o carro dele no estacionamento!
                - Ok, vamos rápido então!

                Eles saem de trás da caçamba, e começam a correr em direção ao pavilhão principal. No caminho eles ouvem um barulho semelhante ao de um avião a jato. Quando se viram para trás só veem uma grande sombra se distanciando da universidade pelos céus.

                - Rápido Lucas temos que avisar o reitor.
                - Não. Temos que voltar para nosso dormitório. E rápido.

                Rafael não discute, só segue Lucas em direção ao dormitório.

Cafeteria
               
                - Você falou para alguem do que aconteceu ontem?
                - Não, você falou?
                - Não, acho melhor falarmos direto pro reitor...
                - Sim, vou ir na sala dele depois da aula.

Sala do Reitor

                - Licença senhor?
                - Ah, entre Lucas. O que te traz aqui?
                - Reitor não sei como começar a falar...
                - Ora, não fique em pé, sente-se! Agora conte, o que te aflige?
                - Bem... Ontem a noite, eu e meu colega de quarto Rafael saimos do dormitório a noite, pra ver se conseguíamos ver algo de estranho...
                - Ora mas eu já havia proibido todos os estudantes de sairem dos dormitórios a noite!
                - Sim, mas a gente queria ver se descobria algo...
                - E... Descobriram?
                - Sim!
                - O-o que?
                - Nós estavamos perto do lugar que caiu aquele objeto, e vimos um ser... Parecia humano, mas eu tenho certeza que não era...
                - Ora você deve ter visto algum homem normal e no escuro se confundiu...
                - Não, outro igual ao primeiro que vimos apareceu na nossa frente!
                - E o que fez você pensar que ele não era humano?
                - Muitas coisas mas o princ...
                - Lucas?

                O reitor olhou assustado pra onde Lucas apontava: Pela janela era possivel ver diversas luzes no céu. Elas se mexiam muito rápido, e não dava de entender o que era. As luzes se destacavam no céu de fim de tarde, então simplesmente todas sumiram.
               
                - O que foi isso?
                - Não sei, mas tenho certeza de que os responsáveis são os mesmos caras que eu vi ontem à noite!

                A Secretária do reitor entra na sala afobada:

                - Senhor, ligue a TV rápido!

                O Reitor liga a TV, e no noticiário estão aparecendo as luzes que Lucas e o Reitor viram momentos atrás:

                “ Ninguém sabe o que é, ou o que está causando essas luzes no céu, mas chegam relatos de que elas estão aparecendo em varias partes do mundo, há ainda relatos de que pessoas sumiram depois dessas estranhas aparições”

                - Meu deus...
                - Ainda acha que eram homens normais reitor?
                - Lucas, vá para o dormitório e avise a todos se trancarem nos quartos.
                - Ok.
                - Lucas!
                - Sim?
                - Todos!

O Caminho da Loucura


Desde de criança tenho certa curiosidade com o mundo sobrenatural, ainda que o medo me domine as vezes não consigo deixar de lado esse fascínio.
O relato que venho lhes trazer agora trata-se de uma estranha criatura que difere de tudo aquilo com o qual já tive conhecimento: Certa vez estava na casa de meu avô que não esta mais entre nós, esta casa era localizada em uma terra do interior de clima bem frio, como o lugar não era tão desenvolvido, a população ainda vivia com certos costumes antigos. Um desses era o de ter que cortar lenha. Em uma certa manhã meu avô como de costume se levantou, e apos tomar uma xícara de café bem forte não muito adoçada, deu um sorriso amigável para mim e me convidou para ir com ele em sua rotina, eu não demonstrando muito interesse aceitei acreditando fazer assim aquele velho homem feliz. Tomamos um típico caminho mato adentro o qual era cheio de galhos e os arbustos já tomavam aquele velho caminho. A entrada desse caminho era demarcada por uma velha placa com alguns riscos que não faziam muito sentido meu avô disse que já estava lá quando se mudou. Ainda assim continuei seguindo meu avô enquanto o olhava por baixo. Com seu machado nas costas. Quando nos chegamos ao local ele me mostrou algumas árvores já secas e começou a ataca-la com seu machado. Eu então me sentei em um tronco enquanto o observava. De repente senti um clima maligno tomando conta da região então quando olhei para os olhos de meu avô enquanto ele também olhava fixamente para alguma coisa atrás de mim, percebi que algo estava errado, alguma coisa havia tirado aquela velha expressão calma do rosto de meu avô seus olhos já não me passavam confiança senti que algo ruim estava para acontecer foi quando tomei coragem e me virei devagar. Parecia que tinha começado a chover, como eu estava enganado era apenas meu corpo suando frio diante de algo estranho que não sei bem como descrever. Era uma espécie de humano peludo,  seu rosto tinha a feição de um Gato. Porem esse gato não demonstra qualquer sensação de perigo manteve seu rosto calmo enquanto passou direito por mim andando calmamente e foi ate meu avô enquanto fazia um grunhido bem baixo e sereno como se fosse um ator. Foi quando arranhou o braço de meu avô causando um ferimento terrível e em seguida entrou de novo entre os arbustos, meu corpo parecia não aceitar aquela situação e ficou sem movimentos foi quando meu avô aquele homem calmo gritou e me agarrou pelo braço correndo comigo por aquele caminho de galhos e arbustos. Depois de cerca de 5 minutos correndo o silêncio mais uma vez tomou conta do cenário e aquele grunhido calmo veio novamente à tona, não sei dizer se aquele som era belo ou medonho apenas sabia que algo ruim iria acontecer novamente, novamente diante de nossos olhos a criatura se mostrou desta vez consegui vê-la com maior clareza seus olhos pareciam estar tristes e ao mesmo tempo passavam uma espécie de medo e conforto. Novamente ele veio até nós dessa vez perdendo toda sua elegância atacou meu avô ferozmente eu não sabia que fazer então comecei a correr enquanto chamava a mim mesmo de covarde, estava com medo não queria me ferir, eu ouvia muitos gritos já não conseguia diferir se estes gritos eram meus ou de meu avô minha mente provavelmente já estava próxima a loucura. Foi quando um silêncio tomou conta do local. Nesse momento meu corpo parou de se mover me virei e novamente diante de meus olhos estava aquela visão de uma criatura com aspecto de homem peluda e com a cara de um simples gato de estimação, apesar de ser um animal inofensivo a criatura diante de mim me superava em tamanho e me intimidava mesmo com um rosto tão calmo. A criatura então começou a se dirigir em minha direção com a mesma calma de antes porem quando estava preste a chegar ao meu alcance ela simplesmente olhou para placa da entrada do caminho por alguns segundos. Depois olhou fixamente para mim com um olhar frio ao mesmo tempo sereno e voltou pelo caminho adentro sem nenhuma outra ação. Naquele momento o medo já não tomava mais conta de meu corpo eu estava em um estado mental completamente diferente, talvez seja o que conhecemos como loucura. Então simplesmente me dirigi até a casa de meu avô e me sentei na porta esperando meus pais chegarem. Não contei nada do que ocorreu a eles, meus pais acham que meu avô morreu em uma de suas caçadas e teve seu corpo arrastado por algum animal. Mas eu sei que a criatura ainda vive naquele caminho sujo que fica depois de uma placa de madeira esperando que alguém vá procurar por meu avô para que possa novamente passar aquele clima sombrio a outras pessoas. Este é um relato que decidi passar para frente usando o anonimato da internet para pessoas que possam ver com outros olhos esta historia que desejo do fundo do coração que não se repita.